«Muitas das espécies vegetais aqui presentes são estimuladas pelo fogo, ou seja, por factores abióticos como o calor e o fumo, que promovem fenómenos como a dispersão, a germinação, a floração, entre outros. Claro que muitas espécies, numa situação de sucessão ecológica após um fogo, devido ao seu oportunismo, ocupam a área no aproveitamento da nova disponibilidade de luz e espaço, mas tal não deve ser considerado uma adaptação directa ao fogo, já que as verdadeiras adaptações verificam-se em espécies que possuem mecanismos funcionais que lhes permitem subsistir após a sua ocorrência.
Um caso típico é o Carrasco, Quercus coccifera, que existe geralmente no estado arbustivo e que rebenta vigorosamente, através dos seus rizomas, após um fogo, e continua a fazê-lo após a ocorrência de vários fogos, exceptuando-se casos onde ocorra a degradação dos solos.»
In Naturlink (http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=9055&iLingua=1)